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9 de março de 2022

Ampliar e fortalecer o protagonismo social continua sendo a pauta da Fundação Alphaville em 2022

Meta da organização pretende contribuir com oportunidades por cidades mais justas em todo o país

A instalação de uma lixeira e de uma cobertura de ponto de ônibus mudaram a cena no bairro Jabaraí, em Guarapari/SP, e tornou a vida dos moradores um pouco mais organizada em relação à limpeza urbana e mais acolhedora com a proteção na parada do transporte público. A necessidade desses equipamentos foi definida pela própria comunidade durante os encontros entre a população, líderes comunitários, colaboradores e gestores do projeto Convivência que Constrói, baliza e espinha dorsal das atividades de campo da Fundação Alphaville.

O mesmo ocorreu com o programa de certificação e produtores orgânicos nos municípios de  Camaçari e Irecê/BA, onde a Fundação também atua e recebeu essa demanda dos agricultores familiares como necessidade importante. Na cidade de Eusébio/CE, o foco do trabalho tem sido a juventude, por meio do Programa Jovem Sustentável – Cidadania Digital (PJS), que oferece formação profissionalizante a meninos e meninas entre 11 e 17 anos; além da implantação da coleta seletiva municipal, que reordenou a forma do descarte e recolha do lixo e proporcionou nova possibilidade de geração de renda aos catadores de materiais recicláveis.

O PJS, inclusive, será retomado em Camaçari/BA e implantado nas cidades de Trindade e Aparecida de Goiânia/GO, ambos no formato Aprendiz. Em São Paulo, onde fica a sede administrativa da Fundação Alphaville, programas como o Edital PerifaSul levou capacitações, mentoria e formação de rede para regiões vulneráveis social e economicamente, localizadas no Sul da capital paulista. Mais recentemente, a entidade se tornou apoiadora do Movimento Regenerativo Tempo de Plantar, em Votorantim/SP, voltado a ações de sustentablidade ambiental. Todas as demandas pautadas pelas comunidades envolvidas.

A participação direta da sociedade nas ações da Fundação não é casual. De acordo com Ricardo Benitez, especialista de Sustentabilidade da Fundação Alphaville e coordenador dessa área, os projetos da instituição priorizam o protagonismo dos moradores em todo o processo de realização. “São as pessoas do local que sabem dizer as necessidades do bairro e o envolvimento da comunidade nas soluções é o que chancela a legitimidade, promove a identidade e garante a continuidade das ações em médio e longo prazo”, explica Benitez.

O conceito do protagonismo social encampado e defendido pela Fundação desde sua criação, há 21 anos, vai além de dar voz e visibilidade aos grupos populacionais muitas vezes esquecidos pelo poder público. A ideia central é colocar nas mãos dessas pessoas o poder de transformar seus ambientes de vivências comuns e, com isso, fortificar a responsabilidade comunitária em torno do que criam e transformam. “Sempre que a Fundação inicia um novo trabalho, há um longo período de tempo dedicado à compreensão do território em questão e os resultados sempre são construídos coletivamente”, destaca o especialista. “Nossa intenção é a de mostrar à comunidade que, junta, pode mobilizar grandes conquistas”, completa.

Conscientizar para mudar

Todas as intervenções sociais implementadas pela Fundação Alphaville envolvem atividades colaborativas entre os técnicos da instituição, sociedade civil e população da região de trabalho. Ricardo Benitez ressalta que esse formato de atuação vem do entendimento que instituição tem de que as cidades são feitas pelas pessoas, que não somente conhecem os problemas cotidianos, como as soluções mais eficazes. “Optamos sempre por um processo democrático na aplicação de nossa metodologia que, num primeiro momento, dissolve as naturais resistências quando as pessoas percebem que têm voz ativa naquela causa. Num segundo momento, conseguimos, dessa forma, resultados mais assertivos”, fala Benitez.

O cronograma de atividades da entidade para 2022 é amplo. Para Guarapari/ES, está em processo de finalização, o projeto de implantação de um jardim de chuva – sistema que vai contribuir com a redução de enchentes -, e a solidificação do projeto Salvamar, de reciclagem de óleo das embarcações. Para Camaçari/BA, o planejamento inclui a conclusão da fase de formação de agricultores familiares na produção orgânica e o início de nova turma de produtores para a mesma capacitação. Para o Ceará, está prevista o projeto Se essa tela fosse minha – já aprovado pela Lei Rouanet -, para formação de jovens em produção audiovisual. Em São Paulo, está em estruturação o LIGA, edital de formação para organizações de base na cidade, com o objetivo de desenvolver ações em suas comunidades.

“Nossa experiência tem mostrado que a união da iniciativa privada com o setor público tem enorme potencial para transformar realidades sociais desfavoráveis, ao mesmo tempo em que promove desenvolvimento técnico e humano que impactam toda uma comunidade. Somente assim conseguimos atingir nossa missão, que é a de contribuir com cidades mais justas e mais resilientes em todo o país”, pontua Fernanda Toledo, diretora executiva da Fundação Alphaville.