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16 de maio de 2022

Aparecida de Goiânia (GO) recebe Programa Jovem Sustentável Aprendiz

A Prefeitura de Aparecida de Goiânia/GO, por meio da Secretaria Municipal de Assistência Social, em parceria com o Juizado da Infância e Juventude do município e com a Fundação Alphaville, inaugurou um novo programa de atendimento a adolescentes em conflito com a lei e que cumprem medidas socioeducativas em meio aberto, com foco na reinserção social e familiar, no encaminhamento ao mercado de trabalho e, idealmente, na possibilidade de reconstrução de vidas.


Batizado de Programa Jovem Sustentável (PJS), formato Aprendiz, e com metodologia da Fundação Alphaville, o projeto atende a um grupo de meninos e meninas com idade entre 14 e 17 anos, todos selecionados pelo Juizado de Aparecida. De acordo com Graça Rodrigues, especialista de projetos sociais da Fundação Alphaville, o Programa funciona como ferramenta alternativa ao cumprimento de medida socioeducativa, com amplo conteúdo e carga horária. “São 47 dias de atividades diárias, de segunda a sexta-feira, das 13h às 17h, somando um total de 172 horas de aulas divididas em três módulos: Programação Neurolinguística, Sustentabilidade e Cidadania Digital”, explica Graça.


As atividades com os adolescentes, todas presenciais, começaram no início de maio, em condução conjunta pelos técnicos da Fundação Alphaville e pelas equipes de profissionais da Secretaria Municipal de Assistência Social e dos Centros de Referência Especializados em Assistência Social (CREAS) da cidade. Segundo Anyelle Dutra Oliveira, diretora de Vigilância Socioassistencial da Secretaria Municipal de Assistência Social, a expectativa em torno do PJS é enorme e muito otimista. “Todos da equipe estão muito entusiasmados com esse trabalho inovador junto a esse público tão específico e desafiador. Todos os nossos esforços estão canalizados no sentido de extrair o melhor do Programa, com bons resultados para os adolescentes participantes ”, enfatiza Anyelle.

Efetividade
Com avaliação bastante positiva em outros municípios onde já foi aplicado, o Programa Jovem Sustentável Aprendiz tem no módulo Programação Neurolinguística (PNL) seu principal diferencial. Graça Rodrigues, pontua que a ideia é a de, primeiramente, investir no resgate da integralidade do adolescente para, depois, trabalhar sua reinserção na comunidade. “Enquanto para muitos adolescentes a vida está apenas começando, para vários outros, já é tempo de recomeçar. E não podemos nos afastar do contexto de vida que compõe a história dos alunos do PJS Aprendiz. Há históricos difíceis, de conflitos de diferentes ordens, de famílias disfuncionais e, para ser efetivo, o Programa precisa trabalhar a desconstrução desses cenários. É um projeto desafiador, que não tem uma solução mágica, mas que apresenta uma alternativa possível”, comenta a especialista de projetos sociais da Fundação Alphaville. “A PNL é a parte principal porque é a base para todas as mudanças que o adolescente em medida socioeducativa precisa assimilar e assumir para vivenciar novas relações sociais, familiares e até consigo mesmo!”, completa a diretora de Vigilância Socioassistencial, Anyelle Oliveira.


O módulo da PNL terá 40 horas/aula, com imersão em diferentes atividades focadas em proporcionar aos adolescentes a oportunidade de se refazer como ser humano a partir do desenvolvimento de habilidades socioemocionais. O modulo Sustentabilidade, também com 40 horas/aula, vai abordar temas como empreendedorismo, segurança e permacultura, inclusive com plantio de uma horta em um dos CREAS para atendimento de famílias em situação de vulnerabilidade social. No módulo Cidadania Digital, com 80 horas/aula, os alunos aprenderão toda a etapa do pacote Office e terão um passeio cultural. A certificação com, no mínimo, 90% de participação, assegura isenção de pena junto ao Juizado.


Patrimônio
Toda a equipe da Prefeitura de Aparecida de Goiânia que está envolvida no PJS participou do treinamento de capacitação técnica realizado por especialistas da Fundação Alphaville, com revisão do conteúdo que será aplicado, consultorias específicas, orientações e resolução de dúvidas. A intenção da Fundação é a de capacitar completamente os profissionais da Secretaria de Assistência e dos CREAS para que, gradualmente, o programa seja assumido na íntegra pela Prefeitura como ferramenta própria e perene. “O treinamento foi excelente e nossa equipe está muito satisfeita, empenhada e com muita gratidão por tudo o que o PJS está trazendo”, atesta a diretora de Vigilância Socioassistencial do município, Anyelle Dutra Oliveira.


Anyelle destaca que, além de serem encaminhados pelo Juizado, os adolescentes que participam do Programa Jovem Sustentável-Aprendiz passam, também, pelo PIA (Plano Individual de Atendimento), do CREAS, onde uma equipe multidisciplinar, com educador social, psicóloga, pedagoga e assistente social, identifica as demandas das famílias e faz os encaminhamentos necessários. “Esses meninos e meninas vêm de um complexo contexto de vulnerabilidade social, histórico de negligência familiar ou situação familiar conflituosa, drogadição, evasão escolar e outras questões que revelam os caminhos que os levaram a chegar na situação atual em que se encontram. Então, estamos muito animados com a proposta do PJS como alternativa eficaz e de sucesso no cumprimento da medida socioeducativa”, reforça Anyelle Oliveira.


Esta é a primeira vez que Aparecida de Goiânia realiza o PJS, previsto para começar em 2020, mas suspenso naquele momento em função da pandemia do coronavírus. O convite à Fundação Alphaville para levar o Programa à cidade partiu do Ministério Público do Trabalho do Estado de Goiás (MPT-GO), depois dos excelentes resultados alcançados pelo projeto em Senador Canedo. Ali, o índice de reincidência criminal dos adolescentes em cumprimento de medida socioeducativa caiu de 86% para 15% após a introdução do PJS. “A união entre o poder público municipal, o Ministério Público e o terceiro setor tem enorme potencial para buscar e desenvolver novas formas de trabalho para atendimento dessa população. A Fundação Alphaville acredita nessas parcerias como instrumentos de transformação social e de construção de cidades mais justas”, finaliza Graça Rodrigues.