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7 de setembro de 2017

O desenvolvimento comunitário pode dar certo?

No dia da independência do Brasil, pouco temos a comemorar. Dados do PNAD (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua) divulgados neste ano mostram que dentre os 14,2 milhões de desempregados no país, mais de 2,9 milhões estão em busca por empregos formais há mais de 2 anos. Dados de 2015 mostram que o país tinha 2,5 milhão de crianças e jovens de 4 a 17 anos fora da escola. A maior parte, mais de 1,5 milhão de jovens entre 15 e 17 anos, deixaram de frequentar as salas de aula para auxiliar na composição de renda familiar. Fatores que incidem diretamente sobre o percentual de famílias com acesso às redes de saúde e cultura, por exemplo. Apesar da queda no índice de desemprego no último trimestre (de 13% para 12,8%), analistas afirmam que redução foi puxada por ocupações precárias, como empregos sem carteira assinada e por conta própria, com o emprego formal ainda em queda.

Imersos nessa realidade, grupos comunitários vêm encontrando na própria população alternativas para reversão desse quadro. Com a máxima popular de que “é na crise que se encontram as soluções mais criativas para o desenvolvimento”, um movimento de organização de comunidades, apoiados pelo terceiro setor e parceiros, mostra que é sim possível superar momentos de dificuldade e encontrar na própria vocação a saída para os problemas. Como o desenvolvimento comunitário pode dar certo? Com a palavra, os brasileiros:

1 – “O Brasil tem riquezas demais”

Não vamos falar aqui somente de riquezas materiais. Falamos do próprio povo brasileiro. A riqueza cultural e a diversidade de potenciais faz com que cada grupo comunitário tenha em sua composição todos os elementos necessários para ter sucesso. Identificar estes valores, fortalecê-los e fomentar a sua autonomia é o primeiro passo para se acreditar que é possível progredir.  

2 – “A gente precisa sonhar”

O despertar das riquezas vem de dentro. Entender como cada uma das vocações do grupo pode contribuir com o alcance desses objetivos torna o sonho palpável e direciona os planos de ação.

3 – “Aprender a conviver com o diferente para trabalhar em grupo, porque a necessidade é uma só”

Nem sempre é fácil lidar com pessoas. Nos grupos, surgem os conflitos decorrentes dos valores, crenças e histórias de vida que se misturam. Somente o respeito e a convivência são capazes de promover uma construção coletiva.

4 – “Temos que aproveitar as oportunidades e as pessoas que se aproximam para nos ajudar. E quando elas surgirem, manter força e coragem”

Grupo alinhado e planos de ação formatados, é hora de buscar as parcerias. Investimentos, tecnologia social e conhecimento das capacidades de cada um são elementos capazes de garantir a visão de futuro e fazer com que os grupos criem sua própria resiliência.

5 – “O Brasil tem jeito e a força de trabalho é a melhor solução para a gente sair de qualquer situação ruim que a gente esteja”

Com independência local, os grupos encontram seu próprio poder e, fortalecidos, são capazes de promover soluções efetivas para o seu desenvolvimento, superar momentos de crise e pleitear seus direitos com maior eficiência e mobilização.

 Todas as citações que nomeiam as etapas acima são depoimentos reais, obtidos de participantes dos projetos apoiados pela Fundação Alphaville. A organização sem fins lucrativos atua no Brasil há 17 anos e possui uma metodologia própria de trabalho, que propõe construir as soluções de desenvolvimento com os grupos comunitários a partir de suas próprias vocações, partindo da convivência entre os membros dos grupos para fortalecer sua atuação e instrumentalizá-los para sua emancipação. Atualmente, mais de 210 projetos já foram fortalecidos e emancipados por todo o país. Para saber mais ou entrar em contato com a instituição, acesse: www.fundacaoalphaville.org.br.