acessibilidade
Fundação Alphaville
Grupo de produtores durante formação
Projetos

Certificação Orgânica

Formação do Núcleo Polo Verde

Soluções de desenvolvimento

Soluções de desenvolvimento

Para pessoas

  • Grupo produtivo
  • Autoestima
  • Senso de equipe
  • Convívio
  • Alimentação saudável

Para os territórios

  • Identidade cultural
  • Educação para sustentabilidade
  • Desenvolvimento Comunitário
  • Novas Oportunidades
  • Período2019-2022
  • StatusEm andamento
  • Beneficiários29 coletivos
  • LocalCamaçari (BA)
  • AtividadeDesenvolvimento Comunitário

OUVIMOS

para compreender o cenário local

O projeto de certificação de produtores de Camaçari teve início em novembro de 2019, mas os primeiros contatos entre o grupo de produtores e a Fundação Alphaville aconteceram no final de 2017, decorrente da formação agroecológica e de uma feira desses produtos, realizada com o apoio da organização, para trazer visibilidade para a produção familiar no município.

O diagnóstico local previamente realizado apontava a produção rural como a segunda principal fonte de economia para a região, mas algo importante faltava: a integração entre os produtores e o conhecimento técnico para elevar o nível dos alimentos produzidos, o que impactava na escalabilidade e na participação no concorrido mercado de alimentação saudável.

DIALOGAMOS

para propor soluções

Para tirar o projeto do papel, firmou-se uma sólida parceria entre os produtores rurais, Fundação Alphaville e a Secretaria de Desenvolvimento da Agricultura e Pesca do Município. “Selecionamos a dedo os agricultores participantes”, recorda-se Daniela Ornelas, representante da Secretaria. “A feira havia sido apenas o primeiro passo para o projeto de certificação participativa, elaborado pela Secretaria com apoio da Fundação“, diz.

AGIMOS EM CONJUNTO

para construir as ações

O processo de certificação participativa caracteriza-se por sua continuidade, em que um grupo já certificado auxilia, fiscaliza e certifica outros que estejam na mesma formação. Em Camaçari, a Fundação custeou todo o processo de capacitação para o cultivo de orgânicos, bem como a ida de participantes a Irecê, onde está o Raízes do Sertão, que certificou o grupo Polo Verde. “Eles ainda vieram com um viés a mais, que foi a realização de oficinas para habilitar o agricultor como um indivíduo importante, um empreendedor rural”, destaca Daniela, se referindo à aplicação da metodologia Convivência que Constrói.

“O mais bacana, além do manejo e dos conceitos de não usar defensivos químicos, é considerar a relação do ser humano com o seu espaço produtivo e com a sociedade”, enfatiza Débora Silva e Silva, Especialista em Projetos Sociais da Fundação Alphaville, que aplicou a metodologia no grupo e atuou em todas as etapas do processo, inclusive nas visitas às unidades produtoras e nas formações necessárias às certificações.

“Quem compra um produto orgânico está consumindo não apenas um produto sem agrotóxicos, mas todo um conceito de vida em que os produtores têm relações sociais e emocionais saudáveis com o ambiente”, afirma Débora. “O selo de certificação orgânica aumenta em 30% a 40% o valor dos itens cultivados, mas os produtores devem pensar para além disso, percebendo todos os conceitos envolvidos.”

Parte da formação aconteceu durante a pandemia do Coronavírus, o que trouxe muitos percalços, mas também aprendizados. Um deles foi a adaptação do grupo ao mundo virtual, processo que ainda está acontecendo; outro foi o aumento da demanda por orgânicos em Salvador. “As pessoas despertaram para a necessidade de um corpo saudável, nutrido com alimentos puros”, diz Daniela.

Além de conquistarem o selo que atesta a rastreabilidade de seus produtos, valorizando-os perante os clientes, os produtores consolidaram alguns canais de comercialização: uma feira semanal dentro de uma praça na região central de Camaçari; um ponto de venda semanal fixo dentro do Shopping Boulevard Camaçari; clientes que compram cestas de forma recorrente; abastecimento para merendas escolares do município; a possibilidade de fornecer itens a redes de restaurantes e hortifrutis da região; e oportunidades de fazer vendas de excedentes entre outros grupos de orgânicos do país que também foram certificados pela Rede Povos da Mata.

A vitória seguinte do Polo Verde foi a sua consolidação, em 2022, como núcleo certificador. “Eles foram validados pela Rede Povos da Mata, certificada pelo Ministério da Agricultura, como instituição capacitada a realizar certificações participativas de outros grupos”, descreve Debora. “Eles dão os treinamentos necessários a respeito de processos de manejo, adequação da terra e orientações para as pessoas que participam dos novos grupos a serem certificados.”

Em 2022, o Polo Verde obteve ainda outra conquista bastante promissora: o Senar (Serviço Nacional de Aprendizagem Rural, voltado para o incremento do empreendedorismo no campo) resolveu destinar um recurso para os produtores certificados de Camaçari. Com isso, o grupo atualmente passa por diversos processos de qualificação e treinamentos com o objetivo de desenvolver a gestão de suas áreas produtivas. “As formações do Senar podem ajudar o grupo a se qualificar para captar investimentos de instituições financeiras, por exemplo”, explica Debora.

nossos resultados

  • 0

    famílias formadas

  • 0

    participantes diretos

  • 0

    produtores cadastrados

  • 0

    moradores impactados

  • Capacitação para as 29 unidades produtivas com a metodologia Convivência que Constrói

  • Certificação orgânica para 25 unidades produtivas

  • Estruturação da primeira feira orgânica certificada da região

  • Aumento na renda familiar para até 2 salários (33,3%) e até 4 salários mínimos (5,6%).

  • Ampliação da visibilidade e propulsão dos negócios (exposição via feiras).

  • Parcerias com Secretaria da Agricultura de Camaçari, Núcleo Raízes do Sertão e com 29 unidades produtivas locais

  • Estruturação do Núcleo Polo Verde de Certificação Orgânica

Estamos levando a agroecologia para toda a comunidade. As pessoas pararam de tacar fogo no pasto, muitos não usam mais veneno, aprenderam como preservar uma nascente, fazem rotatividade de culturas e olham as formigas e lagartas como aliadas, e não como vilãs.

Marilene Senhorinha da Costa

Produtora orgânica

GALERIA DO PROJETO

Veja abaixo as fotos